quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Qual é o caminho?

Nas duas últimas semanas tenho dividido o meu tempo com consultas médicas, trabalho e outros afazeres. Todos os dias acordo com a maior disposição. Logo cedo estou rumando para a Secretaria de Saúde levando debaixo do braço as tarefas que trouxe pra fazer em casa. É como se uma grande energia tomasse conta de mim impulsionando-me para enfrentar mais uma jornada. Mais que trabalho, levado a termo nos inúmeros atendimentos e encaminhamentos que me são permitidos, é uma grande oportunidade de passar as horas com a mente ocupada - claro que sem descuidar do que temos de mais importante: a saúde. Não me sinto debilitado nessas horas matinais, as noites são aproveitadas para o descanso do mesmo jeito que sempre fiz - nunca fui de dormir muito! Considero que teremos muito "tempo" para esta atividade dopante, essencial, sem dúvidas, para a recuperação de energia, de células e a facilitação do metabolismo da vida.
Ao longo do dia vem uma sensação de desconforto inquietante, que logo vai se esvaindo, da mesma forma que apareceu. Os pensamentos ficam pesados, apesar de todo o esforço que faço para suavizá-los. Como disse, logo esses pensamentos "ruins" vão desaparecendo e dedico o tempo seguinte para reflexão do que foi o dia e o que será o amanhã, literalmente. Não quero saber das semana nem do mês que vem, falo do dia seguinte a este, me basta pensar de forma micro temporal. Vou na contra-mão do que a mídia alfineta, quando trata das olímpiadas, das eleições e até da copa que irá acontencer depois desta que vem... Pra mim, isso é adiantar o nosso "relógio", isso sim é antecipar a própria morte. Afinal, ninguém irá se transformar em semente nem em pedra; poucos são aqueles que ultrapassam o "cabo canaveral" e conseguem superar um século de existência, poucos mesmo. Esperando por esses eventos, o tempo... logo temos vivido cinco, dez anos e nem notamos!
Então minha gente, vamos viver de forma intensa os momentos que temos disponíveis, buscando qualidade de vida, mesmo os enfermos, considerados sem cura, podem e devem lutar por viver de forma plena; sem coitadismos. Enquanto vida tiver, o caminho é a busca pelos momentos felizes, ao lado dos que nos amam e nos respeitam de verdade. Este é o caminho. E Nele, nosso Deus, podemos confiar; não podemos temer o desconhecido, nem querer antecipar os seus mistérios (que espero um dia vê-los descobertos), quando entenderemos tudo e a razão de ser as coisas que nos envolvem. Amém. Rogo todos os dias, agradecendo a Deus, sempre. Fiquem na paz!

PS.: Amanhã pegarei o resultado da colangioressonância, consulta com oncologista e com o angiologista, para depois retornar ao hepatologista. Esses três cristão estão sendo instrumentos de Deus, assim sendo, com permissão para o retardamento da minha partida deste mundo. Neles eu também confio. É a parte que me cabe fazer!

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