domingo, 29 de novembro de 2009

Tradição religiosa: Festa da Penha



Na Paraíba, há 246 anos aconteceu a primeira romaria realizada pelos devotos de Nossa Senhora da Penha e de lá para cá tem aumentado o número de fiéis que acompanham em procissão o retorno da sua imagem para o altar no Santuário localizado na Praia que leva o seu nome. Este evento passou, mais recentemente, a ocorrer sempre no último final de semana do mês de novembro.
O Santuário de Nossa da Penha fica localizado no litoral sul da cidade de João Pessoa, de onde a imagem da Santa é levada em carreata para a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no fim da tarde do sábado, local de onde retorna seguida de uma procissão com milhares de pessoas já no final da noite, por um percurso de cerca de 14 km. Durante o trajeto ocorrem algumas paradas em pontos tradicionais, como na Santinha – uma esquina, no Bairro da Torre, na qual encontra-se uma imagem da santa permanentemente. Outra parada, onde é celebrada uma missa, é feita na Praça da Paz, no bairro dos Bancários. A procissão cruza outros bairros até chegar ao seu destino final, por volta das 4 horas da madrugada seguinte. São mais de seis horas de caminhada, com pessoas de todas as idades, muitas delas doentes em busca de cura, outras pedindo socorro dos mais diversos tipos e muitas participam para agradecer pelas graças alcançadas.
Eu estive lá ontem durante a adoração e pude acompanhar boa parte da carreata que conduzia a imagem de Nossa Senhora da Penha, infelizmente não pude participar da procissão. Uma grande emoção toma conta das pessoas e só a fé religiosa para explicar tudo isso. Fiz algumas fotos para ilustrar este post. Quem sabe no próximo ano terei a oportunidade de voltar ao santuário seguindo a procissão santa? Foi o que eu pedi. Fiquem com Deus!

sábado, 28 de novembro de 2009

Retrospectiva 2009

Estamos findando o ano de 2009 e diante da realidade da cirurgia a que estarei sendo submetido nos próximos dias, resolvi fazer um olhar para trás e relatar os fatos ocorridos, que continuam latentes na minha memória. Assim, para dar maior sentido e quiçá ilustrar melhor esta postagem, resgatarei também a origem de tudo e razão maior deste diário.
Novembro/2008
Mês no qual iniciamos o tratamento pela quimioterapia, apaguei a data exata, lembro-me de uma pessoa pálida e magra chegando à clínica de oncologia para a primeira consulta. Cabeleira cheia e barba grande, conservada assim pelos últimos vinte anos. Sabia que logo a minha aparência não seria mais aquela, tinha conhecimento de que um dos efeitos colatarais seria a queda dos cabelos - depois constatei que seria quedas de todos os pelos do corpo, como se fosse uma depilação total. E eu que dizia, para me gabar da minha cabeleira: "Eu ficar careca?! Só se for por castigo de Deus!" Perdoe-me, meu Deus, se eu blasfemava quando dizia isso. Não queria colocá-lo em teste, apenas acreditava que o montante desses fios não seriam reduzidos por nada. Mas, foram e isso não foi por nada. Tudo tem o seu propósito. Muitas vezes para apreender determinados ensinamentos temos que receber um impacto grande, que certamente refletirá em nossa volta. Confirmei que vinha dando valores a coisas bobas em detrimento da falta de reconhecimento de outras. Olhar para a minha nova imagem, apartir dali, dava-me a certeza da existência de Deus. E a imagem do físico foi suplantada pelo que vinha do meu interior, como um bálsamo amenizando qualquer sentimento que não fosse o da alegria de viver esse novo momento. Aquele mês foi regado pela esperança de que o tratamento seria por um tempo muito curto, estimava que seria feito em três sessões. Cada sessão, de cinco dias corridos, seria repetida no vigéssimo oitavo dia, contado do primeiro dia da sessão. Não sem antes fazer a feitura de novos exames de sangue - para checar a nossa resistência física ao medicamento. As reações vieram fortes, 48 horas após o último dia. Mal estar geral, humor péssimo, ânsia de vômito (não cheguei a vomitar nenhuma vez) e outras inconveniências do organismo.
Dezembro/2008
Apelei para não fazer nenhuma sessão, mas foi um apelo muito íntimo, era na verdade um desejo pessoal que não foi satisfeito porque não era possível naquele momento. Dividi o momento natalino com a medicação, desejando que seus efeitos fossem minimizados - mas não fui atendido em mais este pedido. E veio o Natal e o as festividades de final de ano, eu ali na luta. Tinha umas trezentas aftas na boca que me impediam de falar ou de gritar. Parecia ser o pior momento de toda minha vida. Lembrei do final de 1973, quando a passagem do ano se deu eu estava sozinho, na cidade de Manaus-AM, com apenas 15 anos de idade! E eu achava que tinha sido horrível aquela experiência! O final de 2008 superou, era lastimável o meu estado geral. As reações foram mais fortes que da vez anterior. Mas, venci e emplaquei o ano de 2009!
Janeiro/2009
Nova sessão de quimioterapia, mais cinco dias corridos tomando a medicação intravenosa. Mais reações e mais fortes ainda. A certeza da continuidade do tratamento veio com o laudo do primeiro PET SCAN que fiz no Hospital Sírio Libanês, na cidade de São Paulo. Viajei sozinho carregando na bagagem uma mala cheia de pedido ao nosso Pai e Criador, por intercessão de nosso Senhor Jesus Cristo. Pedi muito que fossem mostradas nas imagens daquela tomografia um estado de cura, para que o tormento desse lugar a satisfação de uma nova oportunidade. Porém, não fui atendido na plenitude dos meus desejos. Acho que deixei uma brecha quando repetia que fosse feita a Sua vontade, não a minha! Estranho isso, pedir uma coisa (querendo que seja daquele modo que estamos pedindo) e ao mesmo tempo dizer "que seja feita a Sua vontade!" Será que isso demonstra insegurança?! Em todo caso não quis contestá-lo e entendi que a vontade Dele era para continuar a quimioterapia.
Fevereiro/2009
Retomei o tratamento com a quimioterapia. Na mesma dosagem do primeiro ciclo (conjunto de três sessões de quimioterapia). Foi a quarta sessão, também de cinco dias corridos. Dessa vez o bicho pegou feio. As reações vieram em dose de elefante. Quase bati a caçoleta, as botas... enfim quase morri mesmo! O veneno para as células ruins afetavam também com a mesma intensidade as células boas, desguarnecidas que estavam pela baixa imunidade do meu organismo. O meu exército estava enfraquecido e aquela batalha estava pondo em risco a minha vida. Não era chegada a minha hora e resisti na UTI do hospital para onde fui levado. Ali foi diagnosticado um quadro de aplasia medular que acarretou uma gastroenterite seguida de um ataque cerebral isquêmico transitório que me deixou parcialmente cego durante alguns dias. Foi um mês marcado de idas e vindas a hospitais, clínicas e consultórios médicos. Chorei muito também. Uma força maior foi tomando conta de mim e superei toda as dificuldades daqueles momentos. A visão foi recuperada dentro do prazo previsto pelo neurologista e a primeira leitura que consegui fazer foi o Salmo 22.
Março/2009
Os acontecimentos ocorridos após a última sessão - internação hospitalar - fez com que o oncologista mudasse o protocolo diminuindo a dosagem e a forma. Trocando a miúdo, reduziu para apenas um dia a medicação intravenosa, aplicada na clínica e a medicação dos outros quatro dias foi substituída por comprimidos de Xeloda 500 mg, tomando quatro cápsulas ao dia, durante quatorze dias. De fato deu certo, as reações foram minimizadas. Uma reação diferente chamou a atenção do meu médico, apareceram listras claras nas minhas unhas das mãos, bem delineadas e chamativas, segundo ele só tinha visto isso através da literatura médica - demorou muito para desaparecer. Restava a falta de apetite, cãimbras, repulsa a gelados e outras menos agressivas. Sempre olhava para aquela que seria a última dose...
Abril/2009
Fui mais tranquilo para quinta a sessão, ia ser repetido o protocolo anterior. Ou seja, a ida a clínica para a medicação intravenosa ficou reduzida a um dia, complementada pelo Xeloda em casa. Ao fim daquela sessão recebia um pacote com 54 comprimidos, a serem injeridos aos pares no café da manhã e no jantar. As reações foram as mesmas, nada de anormal. Passei a ocupar a mente de todas as formas possíveis. Resolvi mudar a aparência do meu carro, que pode ser vista no forum http://www.clubedosiena.com.br/ na seção Turninng/Facelife. Bombou naquele site o resultado das modificações que implementei no meu Siena. Serviu como terapia ocupacional, apesar de ter acelerado o processo de desvalorização do carro. São valores que foram descartados da minha vida.
Maio/2009
Este mês foi especial por vários motivos. O primeiro decorre de ser o mês do meu aniversário natalício, o primeiro na condição de lutador contra esta doença implacável. Cada dia vivido, era como ter que matar um leão a toda hora. Segundo, estava fechando mais um ciclo e renovava a esperança de ver o término do tratamento decretado. Fiz o segundo PET SCAN, desta vez no Hospital Português, na cidade de Recife-PE. O resultado chegou a ser comemorado. O tumor estava inerte, como que adormecido. Mas, por precaução o oncologista resolveu pelo prolongamento da quimio. Mais um ciclo, disse-me ele, estamos no caminho certo. E assim, terminou aquele mês, com a certeza de que viria o terceiro ciclo.
Junho/2009
Talvez tenha sido o melhor do ano. Não fiz quimio. Vieram os festejos juninos, para mim a melhor festa de tradição que temos. Repeti a queima da fogueira na casa da Praia de Jacumã, depois de muito tempo ausente daquela casa. Foi um feriadão muito gostoso e na noite de São João recebemos a visita de muita gente, alguns até ficaram para dormir num quarto improvisado na varanda da casa. Fiz o fechamento das paredes com plástico preto, o mesmo usado na construção civil. Parecia que não tinha nada, graças a Deus sem nenhum sintoma de nada. Muito bom mesmo aquele período do ano.
Julho/2009
Retomei a quimioterapia. Mesmo protocolo anterior. Mesmas reações. O interessante era o "choque" que eu sentia nas mãos quando pegava em algo gelado. Ingerir gelados nem pensar, era desagradável mesmo. Creio que seja efeito do xeloda, não sei. Só sei que sentia assim. Para ocupar a mente e ver o tempo passar, fiz algumas obras em madeira. Aproveitei para presentear a minha mãe com um altar feito de madeira e revestido com palitos de picolé, feito por mim. Também nesse mês recuperei uma cadeira infantil, cobrindo-a toda com palitos de picolé e foi dada de presente para a Ana Vitória (minha neta).
Agosto/2009
Chegou e passou assim sem novidade alguma. E isso é motivo de ser especial, por ter sido sem intercorrências médicas. Só a ida à clínica para a sessão de um dia e novamente sem reações estranhas. Um mês digno de comemoração mesmo. Contrariando o dito populart que diz que agosto é o mês do desgosto... Nada disso, para mim foi ótimo. Alugamos a casa da praia por um período de três meses, o inquilino pretendia comprá-la ao fim do contrato.
Setembro/2009
O mês findou trazendo a derradeira sessão de quimioterapia. E hoje gostaria de está tendo que fazê-la, pode isso? Explico no tópico seguinte.
Outubro/2009
Depois de muita dificuldade consegui fazer mais um PET SCAN, também na cidade de Recife-PE, ainda no Real Português - como também é conhecido. E o resultado trouxe preocupações na certeza de que a quimioterapia por si só não foi capaz de eliminar totalmente o tumor. Era preciso partir para algo mais invasivo: uma cirurgia para extirpar a parte ruim que resiste em ficar.
Novembro/2009
Ficou marcado pelas idas a consultórios médicos, laboratórios e clínicas especializadas tudo para avaliar a possibilidade de fazer a cirurgia hepática e os seus preparativos preliminares. Ainda ontem fiz o último desses exames, os resultados serão mostrados ao cirurgião para então ser marcada a data da internação hospitalar. Um mês inteiro na ansiedade, torcendo para que tudo transcorra da melhor forma, com a graça de Deus.

De forma bastante resumida fiz um relato dos fatos. É possível fazer uma leitura dos posts que foram publicados em cada um desses meses, estão todos gravados e disponíveis neste blog. Para tanto basta fazer rolar a página para baixo. Boa leitura, fiquem com Deus!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cintilografia - Parte II



Cá estou na clínica para fazer a segunda parte do exame cintilografia. Após ter sido medicado com o contraste, mandaram-me ficar aguardando por duas horas para então dar início à captura das imagens. Foi dada a opção de sair e retornar na hora aprazada. Decidi ficar e esperar. Devendo ficar numa sala isolada juntamente com os demais pacientes devido a radiação provocada pela medicação que foi injetada na veia (olha ela ai novamente). Achei interessante o fato de que posso sair da clínica, levando comigo a radiação, mas não posso ficar na recepção juntamente com as demais pessoas. Mas, tudo bem. Não vale a pena querer entender tudo nessa vida, há momentos nos quais o melhor é seguir as orientações sem muitas delongas.
Vim preparado para esperar e trouxe comigo o notebook para ajudar a passar o tempo. Este é o primeiro post que faço diretamente do local da ação. Pena que não tenha acesso à Internet para proceder a atualização do blog em tempo real, quem sabe em outras ocasiões isso será possível. Estou providenciando a aquisição de um modem dessas operadoras de telefonia, assim terei mobilidade e acesso ao mesmo tempo. Tenho nesses equipamentos, nessas coisitas, um escape para o estresse e tem ajudado bastante no meu tratamento.
Cada um de nós tem que procurar desenvolver atividades que nos dão prazer, isso é muito importante para quem se encontra num quadro clínico como este. Não podemos perder de vista que a vida não acabou e tem que ser absorvida com toda intensidade de sempre e até mesmo com mais vontade de fazer as coisas.
Este post só será concluído quando eu chegar em casa. Como disse acima, estou na sala de espera destinada aos pacientes “radiotivos” aguardando a hora para fazer as imagens.
Já estou em casa para concluir e publicar esta postagem.
Foram mais de duas horas de espera, para finalmente ser chamado para entrar na sala de exames. A máquina registra imagens do coração a cada trinta segundos e em diversos ângulos. Veja a foto do equipamento acima, também tem uma foto minha posando deitado logo após a conclusão do exame. Fiquem com Deus.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Cintilografia - Parte 1

Hoje fiz a primeira parte do exame cintilografia do miocárdio, requisitado pelo cardiologista para emitir o laudo do risco cirúrgico. É um exame feito em duas sessões, uma em cada dia da semana. Há um preparo do paciente, quando são colocados terminais no nosso dorso para receber os eletrodos durante o exame em si e um cateter na veia para que seja injetado o contraste. O paciente deve estar em jejum de cafeína.
O exame não traz nenhum desconforto físico. Nessa primeira sessão, que durou cerca de duas horas e meia, foram dois os seus momentos. Iniciamos com um passeio na esteira... parecia que eu estava subindo uma ladeira sem fim. O corpo conectado à maquina que registra todo o esforço que estava sendo feito, bem como buscava saber se tinha alguma veia obstruída. Mas o fôlego foi suficiente para toda a jornada e demorou apenas 10 minutos naquela sala. Retirada parte dos terminais fiquei em outra sala a espera da sessão de imagens que foram feitas uma hora e meia depois.
As imagens foram feitas a partir de um equipamento da família dos tomógrafos, uma das diferenças é estarmos conectados pelos eletrodos, creio que em número de três. Nos demais não há nenhuma conexão com o equipamento. Deitado de costas e em posição de assalto... isto é, com os braços acima da cabeça! Pouco mais de vinte minutos foi o tempo para serem feitas as imagens do coração. Creio que ele se sentiu uma estrela hoje com tantas fotos que foram feitas.
E amanhã tem mais! Vamos esperar para ver como vai ser. Fiquem com Deus!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Diversidade

Para diversificar ainda mais o tema desse blog, hoje abordaremos alguns assuntos desligados do mundo da doença. Afinal a vida continua, não é mesmo?

RESULTADO DA ENQUETE

Na enquete anterior perguntamos sobre a cor das letras da frase ORDEM E PROGRESSO que encontra-se estampada, há 120 anos, na Bandeira Nacional brasileira. Pouca gente participou, mas os números dessa brincadeira corresponde de fato a realidade do nosso povo que tem o desligamento cívico como uma de suas características. É verdade que no ano que vem, ano de copa do mundo, esta pesquisa pode até apresentar estatísticas diferentes das de hoje e a razão disso está no "patriotismo futebolístico". A maioria do povo passa a ostentar este símbolo nos seus carros, nas varandas dos apartamentos, hasteadas em árvores pelos jardins, etc.
Mas, vamos aos números. As opções de cores eram quatro: branca, preta, azul e verde; as opiniões ficaram divididas assim: 40% acreditam que seja preta, 40% foram de verde e 20% optaram pelo azul. Acertou quem disse ser VERDE a cor das letras. Quero lembrar aos que pensaram na cor preta que esta cor não faz parte da nossa bandeira, esqueceu que são quatro as cores da bandeira nacional: Verde, amarela, azul e branca? Valeu pela participação.

DIA INTERNACIONAL DO DOADOR DE SANGUE

Em homenagem ao Dia Internacional do Doador de Sangue, nesta data, este post será feito na cor vermelha que representa este precioso líquido. Naturalmente se fossemos aqui representar o que de fato é o sangue na nossa vida, iríamos ter que usar uma aquarela ou uma diversidade de cores ao longo desse texto.
O que importa é o destaque que devemos dar a todas estas pessoas que voluntária e rotineiramente estão doando parte do seu sangue e, por este ato, estão salvando vidas todos os dias. Na nossa cidade, João Pessoa, são cerca de quatro mil doadores cadastrados. A eles rendemos agradecimentos e reconhecimento por este ato caridoso, extensivo a todos os demais doares espalhados pelo Brasil e pelo resto do mundo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Contagem regressiva

Por mais que o tempo seja ocupado o pensamento vagueia e a imaginação ganha proporções astronômicas. Estamos nos aproximando do dia que farei os últimos exames para o pré-operatório, falta fazer apenas uma cintilografia do miocárdio - exame cardiológico, que é feito em dois dias. De posse do resultado de todos os demais exames voltarei ao cardiologista para ele avaliar o meu estado clínico geral e emitir o laudo do risco cirúrgico. Ai sim, com os exames e o risco cirúrgico definido voltarei ao cirurgião para a marcação da data da internação hospitalar. A previsão é para a primeira semana de dezembro, assim, com a graça de Deus, estarei em plena recuperação para os festejos natalinos.

O QUE SINTO
Esta doença tem a característica de ser silenciosa e os seus sinais podem aparecer tardiamente. Aparentemente não sinto nenhum sintoma, nada desagradável ou que me tire o estímulo da vida. Não fosse a confirmação da sua existência pelas imagens obtidas em diversos exames eu diria que não tenho nada de anormal. Mas, a realidade é esta mesma, estamos combatendo um inimigo perigoso, traiçoeiro, impiedoso e mortal. É verdade também que somos maiores que tudo isso quando estamos com Deus no coração, nosso aliado nessa batalha, nosso protetor maior.

O BONÉ
Ontem abandonei um amigo, esteve comigo nos últimos acontecimentos e em todos lugares. Só saia de casa com ele e, se o esquecia voltava para pegá-lo. Era como ter a necessidade de vestir uma camisa, uma calça ou uma bermuda. Assim era com o meu boné, meu velho amigo! Uma amizade nova, apesar de sempre ter tido um para usar em viagens a passeio. Hoje eu vejo com outros olhos (ou será com outros cabelos?!), depois de tantas participações nas quais esteve mais presente. Sempre tive complexo de culpa por ter um par de orelhas muito retro... que bobagem! Agora sei o quanto somos tolos, muitas vezes nos pegamos valorando coisas sem sentido algum e menosprezando as que têm verdadeiro valor para a nossa vida. Puxa vida, eu mereci esse puxão de orelhão que acabei de me dar. Voltemos ao boné. Não o aposentei ainda, apenas vou deixá-lo mais a vontade em casa. Sei que ficará a postos e sairá novamente comigo quando for preciso.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Aniversários

Hoje é o aniversário da minha filha mais nova, ela se chama Pollyana. A qual dedico este post. Fui buscar nos dicionários online alguma definição da palavra "aniversário" e trouxe duas para ilustrar este post, abaixo coladas:
"Diz-se do dia em que se completa um ano ou anos que certo acontecimento se deu."
"Comemoração da volta anual de uma data em que se deu certo acontecimento."

Dia em se completa um ano ou anos que certo acontecimento se deu - o acontecimento aqui foi a chegada de Pollyana, como presente de Deus, para somar na nossa caminhada, trazendo alegria e felicidade.
Comemoração da volta anual de uma data... A data é a de hoje, 23 de novembro. Desde a sua chegada até hoje tem voltado para a nossa comemoração anualmente, peço a Deus, nesse momento, que esta data volte a se repetir por muitos e muitos anos para você Pollyana e que os anos nunca endureçam o seu coração, com as suas Bençãos de Luz. Saiba que não é somente pela passagem desta data que faço este pedido a Deus, faço-o todos os dias da minha vida.
Esta singela homenagem que estou lhe rendendo é para dizer a todos os cantos do mundo do amor que tenho por você, Feliz Aniversário minha filha! Que Deus a abençoe. Amém!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cirurgia do fígado - hepatectomia parcial

Pesquisando na net encontrei um texto explicando didaticamente todo o procedimento cirúrgico ao que estou próximo de realizar, segue abaixo, com a citação da fonte.

Hepatectomia parcial

O que é: É a retirada cirúrgica de parte do fígado

Para que é feita: É realizada para tratamento de tumores primários de fígado e metástases hepáticas de outros tumores em casos selecionados (principalmente colo-retais e carcinóides)

Contraindicações mais comuns:

· Função cardiopulmonar comprometida
· desnutrição severa
· função hepática comprometida
· doença metastática extra-hepática
· invasão da bifurcação da veia porta ou trifurcação das veias hepáticas
· quantidade prevista de parênquima hepático restante <>Como é feita: A cirurgia na maior parte das vezes é realizada por via aberta, através de uma incisão transversa na parte superior do abdome, acompanhando a curvatura formada pelas costelas. A videolaparascopia pode ser utilizada, dependendo da localização e tamanho do nódulo a ser retirado (cirurgia realizada através de pequenos orifícios na parede abdominal com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos especiais). A utilização de ultrassonografia transoperatória é fundamental para a identificação correta da localização dos nódulos durante a cirurgia, assim como a relação destas com os vasos sangüíneos do fígado. Através deste exame, novos nódulos não identificados em tomografia computadorizada ou ressonância magnética também podem ser localizados. Os vasos sangüineos que chegam e deixam o fígado são isolados. Após o controle vascular, a parte do fígado comprometida é retirada. Pode-se diminuir a necessidade de hemotransfusão durante a ressecção hepática utilizando técnicas de exclusão vascular, hipotermia, hipotensão controlada, aspiração ultrassônica, coagulação com argônio ou simplesmente atendo às técnicas convencionais de ressecção. Ao final da cirurgia, um dreno é deixado próximo a superfície onde o fígado foi cortado, para monitorar sagramentos e vazamento de bile.

Quanto tempo dura: de 3 a 4 horas

Recuperação pós-operatória: No período pós-operatório imediato o paciente deve ficar na UTI (24h), para monitorização de sangramentos e função hepática. Quando estável, retorna para o quarto. A dieta é iniciada por boca no 2o- 3o dia após a cirurgia, se o intestino estiver funcionando. Após a remoção cirúrgica de parte do fígado (em um fígado normal até 75% pode ser retirado), ele começa a se regenerar em 48 horas e atinge tamanho próximo ao normal em 3-4 semanas. A função volta ao normal em 6-8 semanas.

Tempo médio de internação: de 7 a 10 dias

Complicações mais freqüentes:
clínicas
· pneumonia
· trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar
· insuficiência hepática
cirúrgicas
· sangramento
· “vazamento” de bile pela superfície do fígado que foi cortada

Alterações no estilo de vida: Praticamente nenhuma, após recuperação da função hepática.
Fonte: www.cirurgiadocancer.com/imagens/conteudo/.../hepatectomia.doc

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia da Bandeira Nacional

Em muitas comemorações esportivas e principalmente durante a realização de copa do mundo o povo brasileiro recorda que tem uma bandeira nacional. Ai ele se torna um cidadão cuidador da pátria, demonstrando todo o seu amor pelo país. Mas se ao longo do ano alguém lhe perguntar as cores da bandeira, hesitará em responder - poucos são os que praticam o civismo de forma ampla. Hoje, por exemplo, somente os quartéis cuidaram com mais carinho desse símbolo nacional - nem sei se nas escolas existem mastros para serem hasteadas solenemente.
Poucos lembram que hoje é o Dia da Bandeira, menos ainda imaginam a razão de ser desta data. Pois bem, para estas pessoas mais esquecidas direi que o dia 19 de Novembro foi dedicado à comemoração desta Bandeira, com o formato e cores do jeito que conhecemos, em decorrência da proclamação da república - que ocorreu no dia 15. Antes de ser República, o Brasil era um Império e como tal tinha o seu símbolo, a sua bandeira que perdeu o sentido de ser diante da nova forma de governo, sendo subsituída pelo modelo atual, cujo traçado e cor tem, cada um, o seu significado.
Destaco um fato curioso nessa transição de regime de governo, com o advento da República (dia 15) o país precisava de uma nova bandeira que foi providenciada imediatamente, mas que ficou pronta somente quatro dias depois - dia 19. O fato curioso é que nesses quatro dias ficamos sem nenhuma bandeira - a do Império não poderia ser mais ostentada e faltava a bandeira nova para substituí-la.
Agora peço que respondam a enquete que trata da cor das letras da frase "Ordem e Progresso" que encontramos na nossa Bandeira Nacional. Fica a pergunta: qual é a cor das letras da frase Ordem e Progresso? Participe da enquete e prove que você é mesmo um brasileiro conhecedor dos seus símbolos.

Hepatectomia


É isso, para quem sabe nem preciso dizer que trata-se de uma cirurgia no fígado. Também utiliza-se o termo ressecamento para dizer ao paciente que ele será levado a uma mesa de cirurgia para retirada de parte desse órgão. Parte porque não foi dito ao final a palavra total... menos mal. E menos mal ainda por sabermos que dele pode ser retirado, numa pessoa adulta, até 75% do seu tamanho original. É o único órgão que se regenera, recuperando o que lhe foi retirado - acho que é como no caso do rabo das lagartixas. No meu caso, pouco mais da metade será apartada de mim. Essa parte já não me pertence mais, um bocado disso corresponde ao tumor e um outro bocado servirá de margem de segurança para qualificar a cirurgia, maximizando o seu resultado que esperamos ser positivo.
Bom, esta foi a maneira que encontrei para dar a notícia confirmatória do ato cirúrgico ao qual estarei sendo submetido já nos próximos dias. Saí do consultório médico com as requisições de exames pré-operatórios, incluindo a solicitação do risco cirúrgico feito pelo cardiologista.
Melhor seria que estivesse me preparando para realizar uma viagem a passeio, mas nessa impossibilidade, vamos nos preparar mesmo para a realidade e enfrentá-la com a mesma coragem e determinação. Assim como foi há quatorze meses atrás e que deu origem a este blog.
Para aqueles que estão iniciando a leitura por este post, quero dizer que em 2008 participei de uma mesa cirúrgica na qual deixei literalmente o meu estômago... e a este procedimento é dado o nome de gastrotecmia total. Viu a palavra total ao final do termo? Pois foi isso que ocorreu, retirada total do estômago que estava sendo consumido pelo câncer. O câncer do estômago se foi, mas deixou rastro. O que é chamado de metástase! Isto é, quando o câncer migra de um órgão para outro. As células malignas são seletivas, só querem comer carne boa, carne de primeira! Daí a migração em busca de se alimentar de células sadias de outros órgãos. É por isso que é muito importante o diagnóstico do câncer em sua fase inicial, quando se tem um percentual maior de cura em vários tipos dessa doença.
Tenho acumulado vasto conhecimento sobre o meu caso específico e é somente sobre ele que teço meus comentários, qualquer outra informação aconselho a você procurar por um médico. Pois bem, o câncer de estômago, por onde fui iniciado, pode ser detectado em uma das suas quatro fases. A sua gravidade aumenta de acordo com o número de fase e quanto mais cedo mairo as chances de cura. Na fase um, por ser a menos grave, a chance de cura é maior. Eu fui mais fundo, quero dizer em mim só foi diagnosticado quando o mesmo estava se deliciando na última fase... é uma doença silenciosa, traiçoeira e que requer exames preventivos dos quais parece que eu havia me esquecido. Homem é homem, não chora.
Melhor assim, não ficamos com sentimentos de culpa por não termos ido ao médico periodicamente. A mulher, que tem na saúde pública, vários programas voltados para a sua preservação não tem justificativa para ainda sofrer com câncer dos mais diversos – aqueles que podem ser diagnosticados em sua fase prematura. De tantas campanhas de saúde acabam se beneficiando disso e indo aos consultórios com mais frequência.
Independente de ter ou não política de saúde para sexo tal ou de tal etnia o importante é cada um ter a consciência da necessidade de consultas médicas mais freqüentes, evita o agravamento de qualquer infortúnio na saúde.
Bom, como adianta chorar sobre o leite derramado, vamos continuar o relato sobre a cirurgia hepática. Pelo relato do médico, o procedimento cirúrgico dura cerca de 4 horas... recuperação de 48 horas na UTI e permanência hospitalar por mais 7 dias até obter a alta hospitalar. Estarei relatando mais esta experiência, com a graça de Deus. Paciência, vocês vão ter que esperar para saber como foi mesmo que me sai dessa. Fiquem com Deus!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Primeiro Aniversário


Há exatamente um ano atrás iniciei a publicação deste blog com o objetivo de relatar as minhas experiências e vivências pós-diagnosticado portador de câncer, compartilhar informações pertinentes ao assunto e ainda como instrumento de terapia ocupacional. Posso dizer que hoje tenho vários motivos para comemorar esta data, afinal um ano é uma medida de tempo muito importante para quem convive com este diagnóstico médico. Muitos foram os posts publicados ao longo desse primeiro ano, vários comentários foram deixados pelos leitores que por aqui passaram e serviram como incentivo para continuar com os meus relatos. Destaco abaixo o primeiro comentário que foi feito no blog pelo meu amigo Pedro, editor do jornal eletrônico http://www.portalbip.com/ e como tantos outros, conforme disse acima, serviram para dar continuidade a esta empreitada.

Pedro Andrade disse...
"Edson, gostei da sua iniciativa de colocar o seu problema de saúde para o público, como alerta, para darmos mais atenção aos nossos problemas de saúde. A forma narrativa está boa."

Podemos notar que o blog não ficou somente no relato das experências com a doença, procurei diversificar os assuntos fazendo abordagens das mais diversas. Assim estava dando testemunho às pessoas de que a vida continua num ritmo normal, fora do mundo hospitalar ou da doença.
Aproveito este espaço para agradecer a todos aqueles que mesmo tendo fica no anonimato, mesmo sem ter postado algum comentário, contribuiu com as suas bençãos para podermos ter chegado a este primeiro aniversário e, consequentemente, iniciar a nossa marcha para o ano dois.
Somente com a benção de Deus podemos galgar novas posições nas estatísticas da vida. E as pessoas abençoadas por Ele comportilham as suas graças entre si. Amém. Peço ao Divino Espírito Santo a graça de continuar com o discernimento e a força para prolongar ainda mais o número de publicações diárias a que tenho me proposto desde a criação deste diário eletrônico, livre e aberto a todos quantos dele queiram saber e conhecer. Muito obrigado pelo primeiro ano, vamos com Fé para o início do segundo ano... e que não seja o segundo tempo da partida! Fiquem com Deus.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dia do Estudante

Hoje fui consultar-me com um cirurgião especialista na caixa torácica, aconselhado pelo cirurgião especialista em fígado (sic) para avaliar o resultado do PET no que diz respeito aos meus pulmões. Foi um alívio a conversa que tivemos após o médico ver as imagens obtidas no referido exame. Apesar de nutrir sempre a confiança e a esperança, uma nuvem negra pairava sobre a minha cabeça nos últimos dias. Tanto era assim que mexeu com o metabolismo do meu organismo provocando um ligeiro desarranjo intestinal. Repito, a conversa médica de hoje provocou um grande alívio e fez levar para longe as incertezas. Até brinquei com ele ao dizer que da nossa conversa eu estava extraindo que tenho, no mínimo, mais dois anos pela frente! Uma conversa otimista e animadora, tonificante mesmo. E tudo isso graças a misericórdia de Deus!
Imagine se eu tivesse ouvido da necessidade de ter que realizar qualquer procedimento invasivo na minha caixa torácica? Basta ter que cuidar da caixa de marchas do carro...
O recomendado agora é cuidar da possibilidade de fazer o ressecamento do tumor que ainda resiste no fígado, mas não será por muito tempo essa resistência. Vamos debelar isso e fazer com eu volte a saborear aquele fígado gostoso que encontro na casa da minha mãe, sem nenhum remorso... pensar que estou comendo um fígado que poderia ser o meu? Brincadeirinha, mas bem que poderiam fazer transplante de fígado usando o de boi, muitas vidas seriam salvas com mais facilidade.
Bom, amanhã irei ver o cirurgião que irá fazer a operação no meu fígado. Já falei que ele foi meu aluno no tempo de primeiro grau?! Fui professor dele, de matemática, quando cursava a sétima série. Ainda bem que era matemática... biologia ele aprendeu com outro! Estou mais confiante!
E hoje, 17 de Novembro num programa de televisão foi dito pelo apresentador que hoje é o Dia do Estudante! Pesquisei na internet e encontrei divergências nessa informação, falam em 24 de Março, 11 e 18 de Agosto, mas não vi nada sobre a data de hoje. Por que essa informação foi passada assim para mim? Creio que algum significado tem, nada é por acaso. Reforça ainda mais a minha confiança e esperança nas providências divinas. Seja em que data for: Parabéns, estudantes! Fiquem com Deus.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Insônia

Como tenho dito estou bem, repetindo sempre para ser uma verdade. De fato, comparado com a fase inicial do tratamento - cujas reações ocorreram de várias formas e intensidade - hoje não fosse a comprovação do diagnóstico pelos últimos exames eu diria a doença foi vencida. Mas não é bem assim, quisera poder gritar aos quatro cantos que fiquei curado da carne. Entretanto, posso dizer que o meu espírito vem vencendo todas as batalhas. E isso é muito importante, ajuda na terapia.
Ontem a noite, depois de vários meses sem nenhuma alteração física, não passei muito bem. Desde o final da tarde eu sentia ligeiros caláfrios, típicos de processo febril/infeccioso, agravados mais ainda quando estiquei o corpo na cama para dormir. Normalmente adormeço sem muitas delongas e varo a noite num sono solto. Infelizmente, não foi bem assim na noite passada. Diria que fui vencido pelo cansaço mesmo, mas foi um sono quebrado e inquieto. Apesar de tudo isso, participei como ator principal de momentos de sonho. Sonhei que estava sendo medicado por uma espécie de sonda, com a medicação injetada aos poucos no meu organismo. Sonhei, em outro momento, que estava pilotando uma motocicleta ou bicicleta em direção a uma festa de rua... ia ao encontro de várias pessoas amigas! Interessante foi o momento que passei a dirigir um carro, tipo EcoSport, preto, apenas manobrava da garagem para a rua e vice-versa, para permitir a passagem da minha moto pelo terraço...
O caláfrio sempre voltava para me despertar e embarcar em outras aventuras noturnas, das quais não guardei lembrança devido ao tumulto dos fatos reais. Perdi a noção da hora ao me levantar para beber água, quando me certifiquei que passava apenas dois minutos das quatro horas da madrugada... o dia logo iria receber a luz solar novamente e parecia que eu ainda não tinha dormido, apesar de lembrar desses devaneios motorizados.
Aproveitei para visitar o sanitário, a minha bexiga estava cheia, mas percebi que não ficaria apenas no número um... e o número dois deixou-me preocupado! Pela falta de consistência do material expelido, estava se evidenciando um desarranjo intestinal - tudo que não queria nesse momento. Mas, tudo bem. A manhã está avançando sem que outra visita tenha sido feito ao trono, exceto a tradicional visita de todos os dias que ocorre sempre no início do dia. Estou mais tranquilo. Tomei chá com biscoitos salgados acompanhado de uma banana machucada com açúcar. E estou conversando com o meu intestino para que o mesmo restabeleça a ordem, seja qual for o motivo inicial dessa peleja.
Ah, marquei uma consulta com cirurgião torácico para avaliar os desatinos dos meus pulmões, será realizada amanhã pela manhã.
Fiquem com Deus!

domingo, 15 de novembro de 2009

Estou bem, obrigado!

O meu blog ultimamente tem assumido, sem nenhuma pretensão, um caráter diferente de um diário pessoal. É que os fatos recentes da minha vida, do meu tratamento, tiveram desdobramentos e estavam ainda em fase de alguns encaminhamentos. Mas, retomo nesse momento para a manutenção de um perfil mais pessoal. O nascimento do blog se confunde com o meu renascimento, aconteceram na mesma época e guardam entre si dois meses de diferença. Nesta semana este blog completará o seu primeiro ano.
Como disse acima o meu tratamento teve desdobramento importante que, de certa forma, trouxe inquietude e um pouco de preocupação para mim. O último PET - tomografia por emissão de pósitrons - deixou evidente o comprometimento de dois outros segmentos do fígado, confirmou novamente o nódulo na tireóide e sinalizou para pequenos nódulos nos pulmões.
Costumo dizer que para um bom entendedor meia palavra basta... e foi essa meia palavra, dita pelo meu oncologista, quando encaminhou-me novamente para um cirurgião geral dando conta de que os tumores pareciam estar ganhando resistência à quimioterapia o suficiente para cair a ficha novamente para a realidade do meu caso. É a minha vida que está sendo tratada, não é um enxerto de pele, uma necessidade de fazer um tratamento de canal para não perder um dente ou uma colocação de uma prótese estética qualquer.
Somos os únicos animais dotados de consciência e podemos perceber e extrair conhecimentos do que se passa ao nosso redor. E dentre nós, há aqueles que percebem as coisas de forma mais célere que outros, não que estes sejam menos capacitados, talvez seja por vontade própria para evitar o sofrimento quando chegamos a saber de algo que não nos faz gosto. Posso dizer que estou dentro do grupo que prefere a verdade, mesmo que esta faça doer!
Quando me perguntam como estou passando, continuo respondendo: Estou bem, obrigado! Porque é verdade, continuo sentindo-me bem a cada instante. A cada novidade que chega, porque logo ela passa e deixa de ser novidade para dar lugar a outro fato novo. Nada nesta vida é duradouro. Entretanto, um minuto pode parecer uma eternidade quando estamos angustiados e pode ser ainda mais desgastante para o nosso organismo alimentar o relógio da eternidade.
Se é verdade que o câncer parece está ficando resistente, é verdade também a minha resistência física aos danos que ele está me causando, dentro de mim. Que fique ali dentro, não permitirei a sua exteriorização. É o que ganhando de Deus, o conforto e a esperança de que tudo irá acabar bem... O acabar bem é relativo e devemos ter a consciência disso. O que é afinal o significado dessa expressão que costumamos dizer ou ouvir tanto?
Acredito que qualquer doença tem o poder de mexer com as pessoas, seja o paciente ou seu(s) acompanhante(s), alterar o seu metabolismo e este alterado contribui para o avanço de certas doenças a que estamos suscetíveis - são esses riscos a que estamos expostos pelo simples fato da nossa existência. Ninguém veio imune ao fim da vida, chegaremos lá num dia qualquer - uns mais cedo que outros, mas todos nós chegaremos lá. O que importa é como tratar isso, como encarar um fato que é real e principalmente, quando por instinto, julgamos que está ficando próximo demais.
Uma das coisas que precisamos assimilar é que estamos esgotando as possibilidades, estamos tentando com os meios disponíveis - e até com os meios que a providência divina tem feito. Recordo-me das palavras da médica num Hospital do Câncer em Natal-RN, ao ver os meus exames e saber do tratamento a que vinha sendo submetido, foi taxativa: "se o senhor não tivesse feito essas quimios, talvez o senhor não estivesse mais aqui hoje." Importante o que ela disse e serve para uma reflexão acerca da quimioterapia, é um tratamento que deve ser encarado sem medo para vencer todas as reações; mesmo que ao final você escute do seu médico que ela não está fazendo o efeito esperado... Ora, durante todo o tratamento pedimos que ela acabe logo... e agora, parece que queremos que ela aja dentro de nós! Parece um contracenso, não estamos sabendo o que queremos?
Eu respondo por mim. Os meus pedidos constantes a Deus têm sido pela sua misericórdia, pela sua orientação direta aos médicos que estão me acompanhando. A todo momento agradeço pelo dia vencido, afinal a sua obra ainda não acabou. Fiquem com Deus!

Proclamação da República


O dia 15 de novembro entrou no calendário cívico do nosso país como um marco divisor político, no ano de 1889. Naquele dia a bravura de um Marechal, chamado de Deodoro da Fonseca, foi o responsável pela criação da República do Brasil. De lá para cá muita coisa mudou. Será mesmo?!
O país passou da condição de Império para ver surgir uma República Federativa... em busca de acabar com os vícios administrados pela corte do imperador. Será que a corte de fato acabou? Será que todos os reis ficaram mesmo no passado? Reconheço que houve avanço significativo na vida da maioria, a ponto de afirmar que não fosse aquele ato eu não estaria aqui dando a minha opinião acerca do continuismo de certas condições de vida de algumas pessoas.
Se não vejamos: os grandes latifúndios continuam existindo... grandes criadores de gado consumindo a mata para transformar em pastos... concentração de riqueza material nas mãos da minoria da população... e por ai vai!
Hoje vasculhei a internet em busca de algum matéria sobre esta data de hoje, fiquei pasmo. Não encontrei nada, nenhuma linha escrita - pode até ter sido publicado algo por aí, mas não encontrei nada. Claro que para pesquisas acadêmicas sobre o fato em si tem muitos sites com diversos conteúdos, mas com a data de hoje não vi nada.
Acabei de encontrar alguma coisa publicada recentemente, foi no último dia 13, uma mulher postou num blog alegando que "um tal Marechal Deodoro da Fonseca deu um golpe militar pacífico e depôs o Imperador Dom Pedro I." Respeito a visão de cada um, mas discordo da forma como está colocada a opinião dessa internauta. A começar pela expressão que me parece um modo chulo de tratamento "um tal" - usado muitas vezes com desdém ou ironia, quando o feito eleva a pessoa do Deodoro a uma posição de respeito entre os seus pares e perante o resto do povo brasileiro, ato digno de entrar para a posteridade como de fato entrou. Faz parte da História do Brasil e um povo é forte enquanto pode conhecer a sua história, a sua origem, para evitar ou corrigir os erros que foram praticados e perpetuar o que é de útil e bom para a nação.
A prática do civismo infelizmente continua associada ao regime militar... o povo teme expressar o amor que devemos ter pelos nossos símbolos.
Só para lembrar a todos, ressalto que a nossa bandeira nacional atual - que tanto é exigida durante as copas de futebol e nas vitórias nos esportes - é fruto daquele ato. Toda a simbologia ali existente decorre da mudança que ocorreu há 120 anos. Farei comentários no dia consagrado a esta flâmula maior de uma nação. Aguardem.
Fiquem com Deus!

sábado, 14 de novembro de 2009

Dia do Professor



Esqueci de tecer comentários na passagem do Dia do Professor - 15 de Outubro, o que passo a fazer agora. Todos nós sabemos da importância desse profissional no seio de qualquer comunidade. No passado era mais respeitado, apesar de nunca ter tido devido reconhecimento. Digo isso por ter passado pela experiência gratificante do convívio em salas de aulas durante quase uma década.
Iniciei a minha carreira no magistério de uma forma interessante. São coisas que ficam gravadas para sempre na nossa mente e às vezes passam como um filme. E como toda história tem começo, meio e fim. Essa também teve.
Nos idos dos anos setenta retornei para João Pessoa, na condição de ex-aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, tendo saído por jubilamento – tendo perdido, assim, dois primeiros anos de estudo do 2º Grau. Naquela escola, localizada na cidade de Campinas-SP, eu estava separado da família por milhares de quilômetros, a saudade suplantava qualquer esforço para a concentração nos estudos e o resultado eram as repetidas notas baixas. Eu não conseguia superar a vontade de voltar para casa, para junto dos meus pais e irmãos. Eu tinha naquela época pouco mais de quinze anos de idade, era um menino ainda. Tudo era diferente de hoje: não tínhamos celular, nem mesmo telefone fixo que certamente amenizaria o banzo que eu sentia; viajar somente seria possível de avião para vencer a grande distância e não existia a TAM nem a GOL com as suas promoções de hoje...
No meu retorno fui repetir, pela terceira vez, o primeiro ano e matriculei-me num colégio estadual da cidade. Quando cheguei, as aulas já haviam iniciado há quase um mês, e na condição de repetente não seria difícil acompanhar a turma. Dito e certo, ao invés de dificuldades, tornei-me um dos melhores alunos do colégio – com destaque para a disciplina que mais me perseguiu naquele passado próximo: a matemática. Passei a dar aulas particulares para alunos das séries anteriores, tendo iniciado com o filho de uma então professora minha. Logo o número de alunos cresceu e o meu interesse pela matéria foi aumentando. Dois anos depois, ainda cursando o terceiro ano do segundo grau, surgiu uma chance de entrar numa sala de aula na condição de professor substituto para lecionar matemática nas turmas de 5ª a 8ª séries. E mais uma outra disciplina: desenho geométrico. Sem dúvida, foi um grande desafio.
O contrato era para substituir um professor, amigo meu, durante um período de quarenta e cinco dias – no qual ele estaria engajado em outras atividades acadêmicas. Tamanho foi o meu empenho nessa árdua tarefa do ensino que acabei ganhando a vaga por mais três anos seguidos... Mudei de escola, a convite do mesmo amigo Giovanne, para assumir turmas de 7ª série. Nesse ínterim, já na qualidade de professor de matemática, prestei meu primeiro vestibular na Universidade Federal da Paraíba, com aprovação para Bacharel em Matemática – não poderia ser outro curso, era até uma questão moral conquistar aquela aprovação e o fiz com louvor. Mais uma vez deixei evidenciado que o problema não era de assimilação da matéria! Ao mesmo tempo em que cursava Matemática, tinha que, no outro expediente, executar a tarefa de Professor – e fazia ambas com muita dedicação, amor e responsabilidade. Na faculdade, quando era comum a repetição de matérias por vários semestres, encarei o desafio de fazer diferente, e juntamente com outros três colegas de turma, íamos vencendo os bichos de uma só tacada. As disciplinas iam sendo vencidas a medida que íamos tendo acesso a elas, os semestres iam, assim, sendo vencidos um a um. Certamente eu teria me graduado em Matemática, mas os ventos sopraram em outra direção. Obtive aprovação em concurso público nacional, promovido pelo antigo DASP, e acabei ingressando no quadro do extinto INAMPS (hoje absorvidos pelo Ministério da Saúde). Diante da nova realidade profissional, passei a trabalhar nos dois expedientes e obrigatoriamente deixar a faculdade que funcionava somente durante o dia. Assumi o emprego público no mês de setembro de 1982 e naquele mesmo ano prestei meu segundo vestibular, dessa vez para o curso de Economia, tendo sido novamente aprovado para a mesma universidade e passei a ser aluno no período noturno. Escolhi este novo curso pensando na possibilidade de crescimento dentro do Instituto, por meio da ascensão funcional para nível superior – que nunca tive a oportunidade de ver! Com o advento da Constituição de 1988 foi extinta esta possibilidade de crescimento para o servidor público.
Voltemos ao tempo de professor. Foram anos de muita dedicação, cada movimento era um flash – para plagiar a personagem vivida por Mara Manzan. Foi muito bom viver todos aqueles momentos, quando havia respeito mútuo. O professor passava a sua matéria e o aluno estudava e seguia as orientações que recebia, tanto dos professores quanto dos auxiliares de disciplina da escola.
Aos poucos, porém, eu presentia que as coisas não continuariam assim por muito tempo. Algo de novo estava por vir. E hoje eu sei que realmente muitas coisas mudaram e ser professor é cada vez mais desgastante, tem sido uma tarefa mais espinhosa para aqueles que desempenham de verdade este papel de suma importância. Para os menos compromissados não tem diferença alguma, tanto faz como tanto fez – no dito popular.
O meu afastamento das salas de aula foi providência divina. Aconteceu no tempo certo. Acompanhando os noticiários e depoimentos dos que hoje labutam na área do magistério percebemos as mudanças; parece que quebraram o velho respeito e o afrontamento passou a ser uma ferramenta corriqueira na vida de muitos estudantes. Eu diria que houve uma inversão em todos os números de avaliação se pudermos compará-los! Em razão disso tudo, podemos dizer que o exercício do magistério passou a ser uma atividade de muito mais valor – não digo de mais valia, pela falta do reconhecimento oficial. Claro que muitos profissionais do futuro vão continuar passando por todo esse processo de aprendizado, assim como foi para os que estão exercendo hoje as mais diversas atividades. Falo nesse momento é das dificuldades de ser um professor atuante e compromissado com a formação do aluno.
Os professores de hoje são muito mais heróis do que fomos nós do passado, hoje precisam disputar com todas as parafernálias modernas – celulares, i-podes, notebook, mp4, 11, 12... sei lá quantos mais, que distraem e abstraem os pensamentos do alunado.
Aos professores contemporâneos dedico este desabafo saudoso, aos professores atuais desejo muita sorte! Fiquem todos com Deus!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta-feira 13

Hoje é um dia místico para muita gente. Lendas e superstições enchem a mente de muita gente. São crendices remotas que continuam permeiando no campo da imaginação humana. Há controvérsias no significado dessa data, algumas pessoas associam a fatos desagradáveis que chamam de "má sorte" - o que para outro grupo de pessoas é justamente o contrário, dia de muita sorte.
Esta data de hoje passou para as telas do cinema como título de um filme: "Sexta-feira 13" em cujo enredo trazia muitas mortes provocadas por um assassino doente, o filme fez tanto sucesso que acabou gerando uma série na qual a morte estava em primeiro plano. Tudo para valorizar a crendice enraigada na mente popular.
Claro que o cinema apenas utilizou a data como pano de fundo para a sua trama. Vem de muito mais além as explicações para dar esse significado de magia negativa ao binário Sexta-feira, 13. Dando uma googlada encontrei milhares de sites alusivos ao tema, encontrei um site que ainda encontra-se em construção, cujo título corresponde ao que chamamos de domínio com terminação comercial
http://www.sextafeira13.com.br/. Como disse, encontra-se sem conteúdo, pois está em construção! Filtrando o que encontrei, fiz meu resumo para ilustrar este post temático.
Sendo um binário, trataremos um por vez para chegarmos a sua combinação ao final. A associação do número 13 a momentos de infortúnio tem a sua origem no mundo pagão, apesar de muitos pensarem ter cunho religioso cristão. Ele remonta a duas lendas da mitologia nórdica.
"De acordo com a primeira delas, houve no Valhalla, a morada dos deuses nórdicos, um banquete para o qual 12 divindades foram convidadas. Loki, deus do fogo, ficou enciumado por não ter sido chamado e armou uma cilada: ludibriou um deus cego para que este ferisse acidentalmente o deus solar Baldur, que era o favorito de seu pai, Odin, o deus dos deuses. Daí surgiu a idéia de que reunir 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa."
"A associação com a sexta-feira vem da Escandinávia e refere-se a Frigga, a deusa da fertilidade e do amor. Quando as tribos nórdicas e alemãs foram obrigadas a se converter ao cristianismo, a lenda transformou Frigga em bruxa, exilada no alto de uma montanha. Dizia-se que, para se vingar, ela se reunia todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13 entes, para rogar pragas sobre os humanos. Isso serviu para incitar a raiva e a animosidade das pessoas contra Frigga, embora nem sequer existissem figuras malignas como o Diabo nessas culturas. Como a sexta-feira era um dia consagrado à deusa e, portanto, ao feminino, o advento do patriarcado fez com que esse dia fosse o escolhido para ser um dia amaldiçoado, como tudo o que dizia respeito às mulheres - a menstruação, as formas arredondadas, a magia, o humor cíclico, o pensamento não-linear etc."
"A Última Ceia, portanto, é uma posterior releitura dos mitos originais, onde havia 13 à mesa, às vésperas da crucificação de Jesus, que ocorreu em uma sexta-feira. O 13º convidado teria sido o traidor causador da morte de Jesus, exatamente como Loki foi o causador da morte do filho de deus. A idéia do 13 como um indício de má sorte surge da concepção que o judaico-cristianismo tem da morte, que não é, necessariamente, a idéia que Jesus teria tido. Especula-se, inclusive, que Jesus, sendo um sábio iniciado, possa ter estipulado o número de pessoas à mesa em 13 precisamente por causa da magia do número. Nas cartas do tarô, o Arcano 13 é a carta da morte, até por uma possível associação com as letras hebraicas. Estudiosos da prática interpretam a carta como um sinal de mudanças de pontos de vista, de formas de viver, e profundas transformações internas e externas. Mesmo quando se refere à morte física, na concepção religiosa, esta não representa um fim em si mesma, afinal os povos antigos viam a morte como transmutação, uma passagem para outro mundo ou plano de existência, em geral com uma conotação evolutiva. Por esse motivo, as tradições de magia ocidental, como a Wicca (bruxaria moderna), sugerem o número de 13 participantes em rituais."
Curiosamente encontramos várias situações que denotam a força dessa crendice ainda no nosso tempo, como o pulo do número 13 na relação de quartos de hotéis, de andares de edifícios, etc... e outros evitam participar de jantar quando são 13 os convidados... ou participar de eventos na data de hoje.
Entretanto, opond0-se a tudo isso há aquelas pessoas que vão na contramão dessa teoria negativista e acreditam na teoria positivista, fazendo crer que trata-se de um dia abençoado, de um dia de muita sorte. Eu acredito nos bons fluídos e na sorte que ela pode trazer. Passar por mais uma sexta-feira é, sem dúvida, mais uma batalha vencida - um dia a mais que vivenciamos.
Ressaltando o fato da Última Ceia Santa ter sido composta por 13 pessoas e que ali foi o marco inicial da transformação do comportamento humano, só me resta continuar acreditando que a Sexta-feira 13 não tem nada de negativo.
Boa sexta-feira para vocês. Fiquem com Deus!
PS.: O texto colocado entre aspas foi extraído do site http://www.unificado.com.br/calendario/05/sexta_feira13.htm

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Coisa de Deus

Tenho notado que a minha vida, a nossa vida - pois não vivemos isolados - tem muita semelhança com os enredos contados nos folhetins. Muitas vezes acontecem fatos que causam admiração e nos remetem à reflexão - terá sido mera coincidência ou está seguindo, como nas novelas, o script inicial?! Antes de dormir ontem vi passar na minha mente o resumo do "capítulo" que foi vivenciado ao longo do dia... "Edson e Jack acordaram cedo e foram em busca de oração. Edson deixou Jack em casa e saiu para mandar consertar o carro na oficina mecânica. Edson recebeu a visita de Pollyana e Geronice que contaram as novidades sobre a evolução da pequena Ana Vitória. Priscila visita Edson antes de ir para a faculdade, falam da festa de aniversário da Ana Vitória e do seu batizado. Edson comenta sobre a realização da ressonância magnética e da necessidade de entregar o resultado no dia seguinte ao médico. Edson vai visitar os seus pais e fica sabendo que o pai dele foi sozinho fazer exame de sangue e o censura por isso. Na volta pra casa vai até a faculdade e entrega a Priscila as fraldas para Ana Vitória. Edson vai dormir pensando no resultado da ressonância magnética que irá pegar no laboratório no dia seguinte."
Se tivesse sido publicado em alguma revista ou jornal na seção Resumo das Novelas, não teria sido muito diferente.
Assim como este resumo de ontem, muitos outros fazem parte da grande novela - sem considerá-la como sinônimo de problema - que é a minha vida. Mas, não tem sido meras coincidências os grandes momentos que ficaram marcados. E olha que não foram poucos! Alguns já esquecidos, outros mais fortes que ainda não foram apagados e os que estão ocorrendo atualmente. É sobre estas coisitas de agora que abro destaque, dizendo que na verdade são coisas de Deus - grande obra Dele, afinal somos frutos da sua criação.
Para falar de hoje preciso retornar para a última sexta-feira, usarei a forma de resumo da mesma forma que acima. Para relembrar, era sexta-feira, dia 06. "Edson acorda cedo e vai trabalhar, tem processos para despachar. Roseana conversa com Edson e fica sabendo da possibilidade da cirurgia hepática e então sugere uma consulta com cirurgião especialista em fígado. Maura telefona para Edson e confirma consulta para aquele mesmo dia com o Dr. Cássio Virgilio. Edson retorna para casa e prepara todos os resultados dos exames por imagens realizados para mostrar ao médico no final da tarde. Edson sai com Jack ao encontra do Dr. Cássio e mostra-lhe o que tem e este requisita uma ressonância magnética. Edson marca o exame para a segunda-feira."
Até ai tudo bem, mas cadê as coincidências?! Passemos para o capítulo da segunda-feira, registrando que os de sábado e domingo foram sem alterações. "Edson passa a manhã em casa, navegando na internet, almoça no meio da manhã para então guardar jejum até a realização do exame. Priscila telefona para Edson e pergunta se ele quer companhia para ir à clínica na hora do exame. Edson vai sozinho fazer exame. Em casa, Edson atualiza o seu blog."
Já no capítulo de terça-feira, temos: "Edson vai trabalhar e recebe telefonema de Maura avisando que Dr Cássio quer o resultado da ressonância magnética o quanto antes para levá-lo a debate durante o Congresso Médico. Edson telefona para o Dr. Cássio e fala que fez a ressonância e combina entregar o resultado na secretaria do congresso."
Eis ai a grande "coincidência" da vida: o médico que passou a cuidar do meu caso está nesse momento participando e presidindo o Congresso do Capítulo Brasileiro da Sociedade Internacional de Cirurgia de Fígado, Pâncreas e Vias Biliares, evento que acontece de forma bienal e intercalado com o Congresso Mundial da Sociedade Internacional de Cirurgia de Fígado, Pâncreas e Vias Biliares, que acontece aqui na cidade de João Pessoa-PB, de 12 a 14 de novembro. É o principal evento brasileiro nesta área e não poderia está acontecendo em melhor momento e exatamente bem perto da minha casa. Realmente Deus é grande, não se trata de coincidências e sim da Sua obra.
Por isso justifica-se a minha serenidade durante todo esse processo, a confiança que tenho encontra reforço na esperança que venho alimentando e a certeza de que tudo tem o seu tempo. Basta acreditar. Fiquem com Deus!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Câncer de Pulmão

"Exame de urina ajuda a identificar fumantes sob risco de câncer pulmonar

Um simples teste de urina pode indicar quais são os fumantes sob maior risco de desenvolver câncer de pulmão, diz o Dr. Jian-Min Yuan, da universidade de Minnesota (Estados Unidos). Embora o tabagismo pesado seja um importante fator de risco para o câncer de pulmão, sabemos que apenas um entre cada 10 indivíduos tabagistas severos desenvolvem a doença. Um total de 18.244 homens da cidade de Shangai (com idades entre 45 e 64 anos), foram avaliados entre 1986 e 1989. Um outro grupo de 63.257 homens de Singapura (com idades entre 45 e 74 anos), também foram avaliados e incluídos no mesmo estudo, entre os anos de 1993 e 1999. No início do estudo, amostras de urina e de sangue foram coletadas e estocadas. Durante o acompanhamento, 246 indivíduos pertencentes a estes dois grupos desenvolveram câncer de pulmão. Os dados e exames destes indivíduos foram comparados com um grupo de 245 indivíduos que não desenvolveram câncer de pulmão (grupo de controles). Nas amostras de urina foram pesquisadas a cotinina (um derivado na nicotina) e uma substância carcinogênica, chamada de NNAL (4-methylnitrosamino-1-3-pyridyl-1-butanol). Os pacientes que apresentavam níveis mais elevados de cotinina na urina (traduzindo tabagismo mais pesado) e da substância carcinogênica NNAL, quando comparados com aqueles portadores de níveis menores destas substâncias, apresentavam um risco de desenvolvimento de câncer de pulmão 5 a 8 vezes maior ao longo do tempo. Fonte:American Association for Cancer Research(2009)."

Fonte: http://www.portalsaude.org/
Escrito por Portal Saúde - Quinta-feira, 09 de julho de 2009.

A reportagem acima poderá despertar no fumante a necessidade de procurar um médico clínico geral para checar o nível dessas substâncias cancerígenas no seu organismo. O bom mesmo é deixar essa condição de fumante, abandonando definitivamente o hábito de fumar que já desagrada a um grande número de pessoas. Aos poucos muita gente está conseguindo deixar esse vício para trás.
Sei que para muitas pessoas não é fácil parar de fumar; porém, não é impossível para a maioria que hoje pode testemunhar que foi usuário de cigarro, uma droga perniciosa à saúde e que para muitos tinha toda uma simbologia, como status, liberdade e coisas assim.
Parar de fumar só depende de decisão, querer é poder! Há oito anos deixei e não sinto falta. Aliás, o cheiro tornou-se desagradável e repugnante. O segredo para deixar?! Nessa hora vale pensar como um ser materialista... lembrar que está "queimando" dinheiro vivo que poderia está sendo investido ou gastado com coisas duradouras... se não, pense na própria saúde. Argumento utilizado universalmente, na verdade o maior motivo para abandonar o vício do cigarro.
Desejo sorte a quem está nessa peleja e que a Luz Divina o ilumine no caminho da volta. Fiquem com Deus.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Por dentro dos exames. Ressonância magnética.

Ao longo do último ano fui submetido a diversos exames para diagnóstico terapia. Desde os mais rotineiros, como sumário de urina, hemograma aos mais complexos exames por imagem; como tomografia computadorizada, ressonância magnética e o PET Scan (este considerado o mais avançado para auxiliar no tratamento de combate ao câncer).
Falarei nesse post dos exames por imagem. Todos são muito semelhantes entre si, os equipamentos utilizados têm a mesma aparência, porém, cada um guarda as suas diferenças. A maioria dos médicos inicia solicitando a tomografia, depois a ressonância magnética e por último o PET Scan. Aqui abro um parêntese para dizer que foi através do PET que ficou evidenciado um nódulo na minha tireóide, quando estávamos avaliando a evolução do tumor no fígado...
Ontem realizei uma ressonância magnética do abdômen total. Assim como outros exames a ressonância exige todo um preparativo para a sua realização. O paciente deve guardar jejum por quatro horas e não deve portar metais durante o exame, um longo questionário foi respondido previamente. Foi colocado um acesso à veia para inserção do contraste antes de entrar na sala do exame. Tentaram fazer eu usar um desses modelitos de hospital, que nos deixam muito para baixo, mas como sou macaco velho fui prevenido com uma calça sem ziper e sem botões de metal, escapei do mico do ano passado - quando tive que me vestir a caráter! Aquilo foi um mico que não pagarei mais.
Na sala do exame, fiquei deitado com os braços para trás e acima da cabeça, apoiados sobre a cama. Foram amarrados coletes de proteção em cima da minha barriga e o exame, no meu caso, de abdômen total, iniciou pela parte baixa – a pélvica, sem contraste. Foram postos protetores nos dois ouvidos para minimizar o barulho estridente do equipamento e um sinalizador em uma das mãos para usar em caso de alguma necessidade de comunicação com os técnicos – que ficam em outro ambiente no comando do equipamento, separados por uma parede de vidro. Foram ditas algumas instruções complementares do tipo “não se mexa” (ou não se bula), “prender a respiração” (ou parar de respirar) quando solicitado. E estava eu, pronto para o exame.
Como disse acima, iniciou-se pela pélvica e sem contraste. A cama vai sendo puxada para dentro do túnel e a sensação não é ruim, nada de desconforto – o tubo no qual eu estava entrando é feito de material plástico de cor clara, muito parecido com o revestimento dos aviões modernos. Lembrei-me das vezes que estava dentro de uma aeronave... Primeiro os pés, depois o resto do corpo até a cabeça, diferentemente do PET que começa pela cabeça da gente. Nessa fase não é necessário prender a respiração, creio que essa sessão tenha durado uns dez minutos. Tudo muito bem... Os braços pareciam confortados, o frio da sala não chegava a incomodar.
Logo apareceu a técnica responsável para mudar a posição dos coletes, direcionando-os para cima, para mais próximo dos peitos. Ai sim, a orientação para prender a respiração quando for solicitado. Outros dez minutos, ouvindo a barulheira da máquina, o pedido para prender a respiração (por vinte e nove segundos) quando o som da batedeira parecia aumentar... a minha máquina fotográfica não fazia tanto barulho assim! Pelo esforço feito para suspender a ação dos pulmões (sim, são dois) – um querendo ser melhor que outro, acho que o esquerdo pensava que o direito estava com preguiça e se esforçava para aumentar a tarefa de levar oxigênio ao organismo e vice-versa. E eu, tadinho de mim, tentando obedecer aquela moça que tinha me espetado antes. Foram longos dez minutos nessa agonia... até ouvir a voz perto de mim ao mesmo tempo que senti uma pegada no meu bracinho que estava com um acesso encravado na veia (não era na véia). Era ela, a técnica, que estava injetando alguma coisa... era o contraste, pensei! E repetimos os mesmos procedimentos para os dois hemisférios do abdômen (o de cima e o de baixo).
Os braços passaram a incomodar um pouco, ao contrário da história do passarinho que dizia que não estava sentindo as asinhas, nem as perninhas, nem nada... eu ali, estava sentindo o peso dos dois braços e calculava ser perto de uma tonelada, apesar de que eles não estão pesando nem um quilo cada um. Ao fim do exame um longo e tenebroso silêncio, depois de quase uma hora de barulheira ensurdecedora. Muito cuidado para me movimentar novamente, parecia que estava empenado e precisava fazer os ossos e os músculos aprenderem a obedecer o comando de ficar em pé novamente. Era hora de voltar pra casa. Enfim, foi assim a minha experiência com mais um exame de imagem. Fiquem com Deus.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Obras humanitárias

E o que dizer das obras espirituais dos homens de hoje? Elas existem? Estão dando conta da receita, ou seja atigem os mais necessitados? Graças a Deus que estas obras existem ao redor do mundo e muitas nem aparecem, não são vistas tamanha a sua simplicidade. Várias são as organizações não-governamentais, conhecidas por ONG, ou mesmo entidades com outras pernalidades jurídicas, como as Fundações, que estão voltadas para prestar ajuda das mais diversas formas às pessoas excluídas ou mesmo com poucos recursos financeiros para acesso a serviços de saúde, sociais, jurídicos e de outra natureza.
São creches mantidas pela iniciativa de uma pessoa ou de grupos; são casas de apoio a pessoas que necessitam sair dos seus domicilios para se tratar em outra cidade; são asilos para idosos e enfermos, enfim uma gama de empreendimentos que eu diria ser de muita importância, grandes obras humanitárias.
Estas obras não são feitas só pedra e cal, tem muito mais que isso. Possui um elemento muito forte para a sua construção: amor fraterno! O amor incondicional pela pessoa humana, pelo reconhecimento do seu sofrimento e da convicção de que serão auxiliadas no momento da necessidade. Acima da caridade está o respeito com que devem ser tratadas, garantindo-lhe a sua dignidade pessoal.
Muitas dessas obras humanitárias são carentes de recursos de toda ordem; sobrevivem graças a coragem dos mais persistentes e afetuosos. É preciso acreditar e confiar, bem como a participação direta de mais pessoas, para fazer valer a premissa de que a união faz a força.
Procure uma dessas entidades, olhe em sua volta, quem sabe tem alguma bem perto de você, esperando por um gesto seu, por uma iniciativa sua. Cuide, porém, de certificar-se da idoneidade da instituição - lembre-se que existem muitos lobos em pele de cordeiro! Mas, isso não deve ser impecilho capaz de afastar você, o importante é ter a certeza de que estão fazendo a coisa certa com os recursos que estão recebendo.
Lembrar também que nem sempre basta ou é necessária a colaboração financeira, há entidades que necessitam de pessoas para o trabalho voluntário e ai não há como ser enganado, você estará fazendo parte da construção dessa obra.
Eu tenho uma confissão a fazer, lamento muito e peço perdão a Deus por ter perdido tanto tempo da minha vida com coisas outras que nem me dei conta de como poderia ter sido mais útil nessa história toda. Quiçá este texto, seja uma sementinha plantada no coração de quem o está lendo e que esta sementinha, por está sendo semeada em terreno fértil, germine e frutique de forma perene. Amém! Fiquem com Deus.

sábado, 7 de novembro de 2009

Construindo Gigantes

O homem está sempre procurando a superação quando apresenta os seus gigantescos monumentos ao redor do mundo. Até pouco tempo atrás pouca gente tinha acesso a este tipo de conhecimento, crescemos sabendo que o Maracanã era considerado o maior estádio de futebol do mundo com capacidade para 92.000 pessoas - hoje, o maior estádio do mundo chama-se Rugrado May Day e está localizado na Coréia do Norte, com capacidade para 150.000 pessoas; o Empite State Building, maior edifício do mundo com seus 381 metros de altura - que também já perdeu esta condição de ser o maior do mundo, só para citar algumas obras de alvenaria e pedra.
Com o advento e popularização da Internet é possível em pouco tempo de pesquisa conhecer outros centos (quase um trocadilho) feitos colossais do homem moderno. Como o maior avião, que pode transpostar de uma única vez cerca de 800 pessoas; navios gigantescos que mais se assemelham a pequenas cidades pela sua capacidade de transporte, entretenimentos e infraestrutura ali disponíveis - atualmente está sendo construído um navio dotado de pista de pouso para aviões particulares e comerciais de até 40 passageiros, cujo comprimento ultrapassa os 1100 metros (mais de 1 km!), imaginem só o tamanho dessa criança... serão preciso mais de 15 mil pessoas para operacionalizar essa "máquina" que irá oferecer, dentre outras coisitas: centros comerciais, um hospital completo e até faculdades, além da marinas para guardar os iates dos passageiros e hangares para pequenos aviões... uma verdadeira cidade flutuante, com cerca de 12 mil residentes (que serão os donos dos seus pedaços) e lugares para passageiros turistas. Dá para acreditar num projeto desse?!
Voltando para a terra firme, destacamos o maior hotel que está localizado, em Dubai - na verdade não é bem terra firme... mas acreditem, está sendo construída pelo homem. Tem ainda muitos outros gigantes que poderíamos destacar aqui; porém todos têm muito em comum... não foram feitos para pessoas comuns, para os pobres mortais que ficam navegando pela internet escrevendo ou lendo os blogs!
Como estas obras faraônicas, feitas pelos homens, também estão relacionadas grandes descobertas no campo das ciências e a medicina tem emplacada grandes conquistas na sua luta pela "preservação" da vida ou pela qualidade de vida às pessoas, garantindo que passemos desta para outra vida com dignidade e sem sofrimento - pelo menos é isso que esperamos quando ficamos diante de novas descobertas, de curas para determinadas doenças e até antever doenças evitando o seu surgimento ao longo da nossa jornada. Porém, da mesma forma que o carro de luxo chegará nas mãos do assalariado (quando já estiver desgastado pelo uso) assim são os recursos dos grandes centros curadores do mundo. São alcançados por poucos mortais. É como se fossem para os intocáveis.
Falo disso para dar testemunho próprio dessas situações que para muitos são corriqueiras, mas para a grande maioria é de vital importância. Sinceramente eu gostaria muito que a realidade fosse bem diferente, quisera que o acesso aos serviços sofistificados de saúde fosse de forma "ampla, geral e irrestrita" (fazendo uso do lema usado na transição de governo no Brasil, para falar da anistia aos exilados políticos), garantindo que todo brasileiro (pagadores de impostos de todos os tipos) pudesse chegar a um atendimento médico com dignidade e respeito.
Quisera poder relacionar obras gigantes que fossem dirigidas para a maioria da população; hospitais públicos com maior número de leitos e de equipamentos de ponta, como tomógrafos e tantos outros que auxiliam no diagnóstico, tratamento e cura de diversas enfermidades de qualquer pessoa, sejam intocáveis ou outra qualquer; escolas públicas com período integral cuidando da formação de todos os jovens, desde a sua infância, e assim vai. Faltam-nos muito ainda nessas gigantescas obras inacabadas do homem.
A todo instante agradeço a Deus por tudo aquilo que tem me permitido, agradeço pelo meu tratamento médico, pelo acesso aos serviços e pela superação das dificuldades - que foram poucas, considerando a realidade de muita gente. Obrigado meu Deus pela minha vida e que as minhas obras sejam do tamanho suficiente para a edificação da humanidade, que ela (a minha obra) seja apenas um tijolo, mas que este não falte nessa construção.
Concluo este blog, reeditando uma frase minha: "Que um pedaço meu fique entre todos, assim estarei (mais) feliz." Edson Leite.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Semana

Esta semana, apesar de mais curta por conta do feriado que ocorreu no seu início, foi marcada por realização de exames - uma bateria de exames de sangue, parasitológico e sumário, ultrassonografia do abdomen e ainda mais uma ressonância magnética que foi marcada hoje e vai ser realizada na próxima segunda-feira. Uma semana de esperança, uma semana a mais que foi vencida. O saldo que fica é de agradecimentos; agradecer pela possibilidade da realização desses exames sem atropelos; agradecer pelas palavras de conforto e de incentivo que ouvi de várias pessoas; agradecer a Deus pela continuidade da jornada e pelas vitórias obtidas.
Não estamos "correndo" contra o tempo; considerando que este é relativo, e que as coisas acontecem no tempo de Deus. Estamos sim dando celeridade a esses procedimentos por entender ser a parte que nos cabe executar nesse processo atual. Não podemos ficar de braços cruzados a espera do milagre - este virá no seu tempo, mas precisamos continuar na luta pela vida movido pela fé e esperança.
Vale lembrar, porém, que a vida é uma viagem cujo ponto final é ignorado; nela, somos os passageiros. Se este ponto está a uma, duas... paradas, não sabemos precisar. Portanto não podemos saltar na parada errada, Deus está no comando e no momento certo mudamos o rumo da nossa viagem, a seu critério e vontade. Algumas viagens demoram mais que outras; na verdade acho até que essa viagem, chamada vida não acaba nunca. Podemos fazer escalas ou conexões, mas a viagem continua. É como um rio... todos buscam desaguar as suas água no mar, mas nem todos conseguem! Alguns encontram diversas barreiras que vão sendo vencidas e acabam desaguando em outro rio, não avistam o mar... e ali termina a sua missão, oxigenou planícies, deu vida a grandes vales e permitiu a proliferação de vida de todos os tipos ao seu redor. Não importa o tamanho do seu percurso, nem o volume das suas águas, mas a missão que lhe foi confiada. Se foi cumprida, basta. E quem traçou o percurso do rio também foi Deus, o mesmo que nos criou e determinou a nossa jornada.
Muitas águas ainda vou ver rolar, com fé e esperança.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ana Maria comemora 10 anos de programa

O programa de televisão "Mais Você", comandado pela apresentadora Ana Maria Braga, está completando, nesta data, 10 anos. Não sou um telespectador do programa, até mesmo pelo horário no qual ele é apresentado todos os dias. Mas não posso deixar de registrar este fato considerando a história de vida da pessoa Ana Maria Braga... uma vencedora na batalha contra o câncer! Para mim a aniversariante é a apresentadora do programa, ela é a vencedora neste processo de construção no qual estamos inseridos. A luta não tem sido apenas por audiência, quem acompanhou a história dela sabe que estou falando de coisas muito mais além do que pontos de audiência.
Falo da vida, deste campeonato que não tem derrotados, aonde viver é vencer! Não tem medalhas para os vencedores, mas tem sabores que são compartilhados com todas as pessoas que nos cercam, que estão na nossa torcida. As vitórias alheias são também nossas vitórias.
Os votos de felicitações não vão apenas pelo programa, mais ainda pelas vitórias que a Ana Maria vem obtendo na manutenção da sua saúde. Sei que estas minhas palavras não ficarão no ar, perdidas! Elas são válidas também para todas as Anas Marias e Josés desta vida, incluindo-me dentre eles.
Tenho dito que recomecei a contagem do meu tempo, acabei de comemorar outro primeiro ano de vida - a partir da data da realização da cirurgia...
Reforço os parabéns para Ana Maria! Um beijo no coração de todos, fiquem com Deus!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Natal

Estamos nos aproximando da data magna para os cristãos, a comemoração do nascimento de Jesus. Esta data tem diversos significados e apelos. Criou-se a figura do Papai Noel - o bom velhinho que sai noite afora distribuindo presentes... para as crianças esta é mais um dia para receber brinquedos. E a criança carente, desprovida da fortuna material, sofre quando não consegue ganhar nenhum brinquedo.
Muitas pessoas se esforçam para minimizar o sofrimento dessas crianças e criam mecanismos capazes de multiplicar os efeitos da bondade cristã. Um desses mecanismos foi criado pela empresa nacional responsável pelo tráfego de correspondências no Brasil - os Correios e Telégrafos. Chegou-me por e-mail uma proposta/convite que nos dar a oportunidade de participar, colaborando com a empresa para satisfazer um sonho, uma vontade, um querer de diversas crianças espalhadas pelo país.
Sabemos que são milhares de cartas que chegam de todas as partes com pedidos dos mais diversos, muitos deles podendo ser atendidos por serem muito modestos para uma grande parte de nós - mas de muita valia para essas crianças. Repasso a todos que estão lendo este post para fazer uma corrente de união e participar deste Natal de forma mais efetiva, contribuindo para atender a, pelo menos um, dessas cartas. Passe numa agência dos Correios e faça a sua parte! O seu Natal ficará mais completo com esta atitude.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Minha luz

Uma mensagem muita bonita, cheia de esperança, cantada pela dupla Rick e Renner que recebi hoje inspirou-me a confessar agora que há muito vejo em Jesus a Luz da minha vida. Nunca duvidei da sua existência e da razão de ter vindo em busca de salvar a humanidade e acabou morto, sem antes ter passado por todo aquele sofrimento físico e moral. Filho de Deus e passou pelo que passou, não era, aos nossos olhos, necessário tudo aquilo - nem mesmo a sua morte.
A vinda de Jesus, a sua jornada aqui na terra e a sua morte, justifica o pensamento de que nada é por acaso, tudo tem sentido e razão de ser. Não se trata de conformismo puro, acomodação às situações, mas de compreensão de que somos matéria e como tal estamos sujeito a todo tipo de aniquilação. Se Deus usou o seu próprio filho para, com o seu sofrimento, dar novo rumo à humanidade então tem o poder de usar a qualquer um de nós para mostrar-nos o quanto continuamos trilhando pelo caminho mais "fácil" - desprovidos de qualquer compromisso para com Ele.
Uma doença como esta minha - repetida em milhares de pessoas pelo mundo - certamente não afeta apenas aos feridos na carne. Não somos nem de longe o Cristo que morreu pela humanidade. Mas, somos com certeza, instrumentos de Deus para fazer com que aqueles que estão próximos a nós reconheçam o seu Poder Divino. Com isso quero dizer que nunca passou pela minha mente que eu estivesse sendo castigado, só reforça a tese de que "nada é por acaso".
O crescimento espiritual de cada um de nós depende de experiências como esta. Crescemos quando aprendemos a tolerar e ajudar as pessoas que nos cercam, em todos os momentos, nem precisamos conhecê-las na intimidade. A história basta, o exemplo importa. E a minha história é esta que estamos escrevendo juntos, amanhã poderá ser lida e interpretada por diversas pessoas e quiçá algum ensinamento seja dela extraída.
Obrigado pela luz que tem mantido iluminado o meu caminho.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia de Finados

Dia consagrado a referendar os Mortos, pessoas comuns que não foram mártires, que não foram e nem serão canonizadas. Uma prática um tanto antiga que ganhou força não faz tanto tempo. A relação das pessoas com os seus parentes mortos é algo muito difenciado, varia de acordo com a cultura religiosa praticada naquela região e ainda, vem sofrendo alterações na sua forma de ser.
O que parece importar mesmo é apenas a Vida, esta que conhecemos. Para muitos, a morte é ainda um assunto tabu e evitam a sua abordagem.
Algumas civilizações modernas, como na cidade do México, a morte é festejada neste dois dias de novembro. Com muita festa, comidas - aonde são servidos os pratos preferidos pelos parentes que já morreram. As crianças mortas são exaltadas no Dia 01 de Novembro, quando são oferecidos brinquedos, doces e outras guloseimas. É como se nesses dois dias houvesse uma liberação geral para que os mortos visitem os vivos. E para que os mortos não "percam" o caminho de casa são acendidas velas, e colocadas flores, nas ruas demarcando o percurso a ser seguido do cemitério a sua antiga morada, pelos parentes vivos.
No Brasil, ainda tem sido comemorado com bastante ênfase pelos cristãos católicos. As sepulturas recebem um cuidado maior na semana que antecede o dia de hoje; aumenta o número de visitantes nos cemitérios aonde os fiéis participam de missas ao longo de todo o dia. Outras igrejas católicas também celebram missas extras, aumentando a oportunidade para muitas pessoas poderem participar.
Mas, um grande contingente de pessoas aproveitam e tratam esta data como sendo mais um feriado e quando coincide, como neste ano, com o prolongamento do final de semana... aí o barato é curtir o que passou a ser chamado de feriadão! Passeios mais longos, visitas a parentes vivos em cidades próximas e tantos outros motivos fazem com que os mortos acabem ficando esquecidos, ali mesmo aonde foi um dia deixado - debaixo de choros e ao som de promessas e gritos de despedida.
Se não podemos ir ficar na frente do túmulo dos que morreram, seja pela distãncia física que nos impede, seja por problema outro, pelo menos nos lembremos com carinho daquela pessoa que um dia esteve ao nosso lado, seja ela um parente, um amigo, um vizinho.
Orações são sempre válidas, acender uma vela também.


A Morte


Afinal o que é a morte? É uma pergunta latente frequentemente feita por um ser humano, tem respostas as mais variadas, de acordo com a óptica de cada um. A morte, no ramo das ciências, é estudada pela tanatologia. Nesse sentido são estudados causas, circunstâncias, fenômenos e repercussões jurídico-sociais.

Tem sido pintada literalmente desde os primórdios, quando acreditava-se na imortalidade da alma se o corpo inerte fosse retratado em tela por um pintor.

A Morte tem sido representada "fisicamente" de várias formas, a cor predominante é a preta. A forma mais comum encontrada na literatura universal corresponde à gravura ao lado, um ser esquelético, esfarrapado, com rosto escondido e empunhando uma foice - ressaltando que a foice (também chamada de gadanha) é um instrumento utilizado no corte do trigo (que na Bíblia representa a Vida). Nada mais didático para mostrar que a morte se opõe à vida!

domingo, 1 de novembro de 2009

Dia de Todos os Santos


O dia 01 de novembro foi estabelecido, pela Igreja Católica - no papado de Bonifácio IV, como sendo o Dia de Todos os Santos. Isso se deve ao fato de que há mais santos na igreja do que a quantidade de dias/ano, são mais de 3000 santos. O Brasil é representado pela Santa Paulina, desde o ano de 2002 e mais recentemente pelo Frei Galvão - são estes, portanto, os dois únicos santos brasileiros oficialmente canonizados pelo Vaticano.
Nossa Senhora de Fátima